Não possuo experiência na área da escrita.
Segue um dos meus textos:
NÃO ME FAÇA PERGUNTAS DIFÍCEIS
O combustível que restava em minha humilde motoquinha parecia ser suficiente para minha ida até o trabalho.
Eu estava chegando ao meu destino e pensei já estar livre de qualquer imprevisto. Só que minha intuição me enganou, mais uma vez. Por que eu confio nela? Não me faça perguntas difíceis.
Bem próximo ao último dos cinqüenta semáforos pelos quais eu passo todos os dias, a moto começou a dar aqueles engasgos que já me são bem familiares.
_Ih, ferrou! _ Foi a única coisa que consegui pensar enquanto continuava acelerando minha maquininha para ver até onde chegaria.
Parei no semáforo, aí já não pude fazer mais nada pela sobrevivência da minha vermelhinha. Ela deu seu último suspiro. E que suspiro! Me fez desequilibrar e deixei-a cair.
Para minha sorte, logo ao lado tinha um posto.
Para o meu azar, logo ao lado tinha um posto.
Sorte, porque ali minha queridinha seria abastecida.
Azar, porque a quantidade de frentistas que me olhava era tão numerosa quanto à população da China. Tá bom vai, 3 a 4 rapazes no máximo. Talvez seja normal ser um pouco dramática após a vergonha de ter deixado a gasosa acabar e a moto tombar.
-Como você foi deixar acabar o combustível, moça? Perguntou o frentista.
-Ah, eu achei que ia dar.
-Você checou o tanque?
- Sim.
-Então?
- Ah, não me faça perguntas difíceis.
Mas enfim, problema solucionado.
Se eu vou deixar isso acontecer outra vez?
Não me faça perguntas difíceis.