Analisando propostas

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Publicado em 25 de Junho de 2016 dias na Tradução e conteúdos

Sobre este projeto

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ESTRUTURA Básica de um projeto técnico

    a redação técnica de um projeto será fundamental para a sua aprovação. A seguir, descreve-se uma estrutura básica que poderá servir como guia quando da elaboração de um projeto técnico ou, como quiser, um projeto de ação. Trata-se da descrição de um roteiro completo, seguindo mais ou menos as exigências dos agentes financiadores, embora, cada uma destas agências tenha modelo ou formulário próprio.


Estrutura básica

1. Folha de apresentação
•    Deverá conter:
•    Nome do projeto;
•    Instituição responsável e sua logomarca;
•    Instituições envolvidas e suas logomarcas;
•    Equipe responsável;
•    Local e data.

2. Título
•    Ter presente que o título será muito importante para vender o projeto e deve provocar aquele primeiro interesse pelo mesmo;
•    Ter uma sigla - sonora, concisa, objetiva e que reflita a idéia geral do projeto;
•    Não deve ser extenso em demasia; porém, claro, coerente e consistente.

3. Introdução
•    Deverá dar uma idéia sucinta do conjunto do projeto (de onde surgiu a idéia, quais as intenções do trabalho, como foi organizado ...);
•    Evitar textos maiores que uma ou duas páginas;
•    Assegurar que seja uma espécie de “cartão de apresentação”;
•    Deverá suscitar interesse para que o leitor (consultor) analise o restante do projeto.

4. Proponente
•    Descrever a instituição, empresa ou organização responsável pelo projeto;
•    Fornecer os dados técnicos da mesma, tais como: nome, endereço completo, dados jurídicos (CNPJ, Inscrição Estadual, Municipal);
•    Inserir a logo, se existir;
•    Indicar as parcerias envolvidas com o projeto (reais e não as prováveis); se existirem, colocar os dados e logomarcas das respectivas organizações parceiras.

5. Equipe do projeto
•    Descrever, objetivamente, a equipe que elaborou o projeto e a equipe que deverá acompanhar o processo: equipe técnica, operacional e de apoio disponível;
•    Inserir um currículo resumido de cada profissional envolvido (será importante para dar fundamentação técnica e segurança aos financiadores). Pode-se utilizar o currículo da base Lattes na forma resumida - modelo exigido em instituições como Capes e CNPq;
•    Indicar o coordenador ou responsável pelo projeto, sendo importante ter um “regra dois” para a coordenação – indicar quem assume se o coordenador/responsável sair;
•    Ter uma coordenação “de peso” é importante (profissional reconhecido);
•    Descrever a estrutura disponível e a capacidade institucional para abrigar o projeto;
•    Descrever a capacidade técnica, física e operacional (instalada) do proponente, sua organização, planejamento, logística e recursos a serem utilizados;
•    Prever todos os recursos técnicos, materiais e físicos necessários à execução, porém, não comprometer recursos indisponíveis.

6. Contexto do projeto
•    Elaborar um diagnóstico da situação envolvida, de forma focada e sucinta;
•    Assegurar que o projeto parta de uma realidade e necessidade comprovada;
•    Ter dados reais da situação, com um retrato histórico e atual;
•    Descrever a contribuição dos beneficiários na elaboração do projeto.

7. Objetivos

7.1. Geral
•    O objetivo deve ser claro, coerente e sucinto para dizer o que o projeto quer;
•    Deve refletir a razão de ser do projeto, podendo ser abrangente;
•    Deve estar ajustado às normas dos financiadores - muitas instituições buscam palavras-chaves no texto do projeto (sustentabilidade, desenvolvimento social, impacto ambiental / social, geração de emprego, taxa de retorno financeiro, etc).

7.2. Específicos
•    Os objetivos específicos devem estar bem relacionados com o título, com o contexto do projeto e com o objetivo geral, mantendo o foco;
•    Utilizar verbos de acordo com a linguagem do financiador – infinitivo, particípio passado, gerúndio;
•    Redigir de forma clara o que se quer atingir, indicando os benefícios desejados para o público e área envolvida.

7.3. Resultados desejados
•    Indicar quais os resultados que se quer alcançar, concretamente, ao final do projeto;
•    Descrever os possíveis efeitos e impactos que o projeto pretende produzir;
•    Quantificar os objetivos tentando dar uma dimensão para os mesmos – apresentar os indicadores que podem ser uma boa medida para considerar que os objetivos foram alcançados;
•    Ser realista e manter coerência com os objetivos propostos.


8. Justificativas
•    O projeto deve estar baseado em uma justificativa absolutamente coerente, que fundamente a sua razão de ser;
•    Não deverá haver dúvida do por quê do projeto, o fim a que se destina, devendo convencer da necessidade e relevância dos objetivos propostos;
•    Deixar clara a sua contribuição social, ambiental, cultural, etc.;
•    Projetos sem uma boa justificativa geralmente são rejeitados - uma análise objetiva do contexto geral e específico poderá ser útil nesta fundamentação.

9. Revisão Bibliográfica
•    Procurar fundamentar teórica e tecnicamente o projeto;
•    Atenção às normas técnicas para as citações e referências, organização de quadros e tabelas, inserção de notas;
•    O número de páginas depende das possíveis regras da instituição financiadora, da amplitude do tema e da objetividade;
•    Cuidado para não ser longa demais e conter informações que pouco interessam aos objetivos do projeto;
•    Eventualmente, de acordo com as orientações do agente financiador, a revisão de literatura poderá ter outro título (fundamentação teórica, marco teórico, marco técnico ou outro) ou fazer parte de outra seção do trabalho.

10. Público-alvo
•    Delimitar o público envolvido e descrever os beneficiários diretos e indiretos, indicando-os também quantitativamente, se possível (comunidades, grupos, pessoas, etc);
•    Essa descrição deve ser realista e coerente com a proposta e estratégia do projeto.

11. Estratégia do projeto (atividades)
•    Descrever os meios e as ações que serão utilizados para assegurar o êxito do projeto;
•    Relacionar uma ou mais ações (o que fazer?) para cada objetivo específico com suas respectivas metodologias (como será realizado?);
•    Podem ser descritas a partir de um plano operacional (marco operacional) do projeto;
•    Estabelecer parcerias e políticas de atuação, com as possíveis alianças para a viabilização do processo;
•    Adequar a estratégia do projeto às linhas do financiador;
•    Não queimar etapas – as ações devem ser necessárias e suficientes para assegurar os objetivos pretendidos, mostrando coerência no texto;
•    Prever ações para minimizar possíveis resistências ao projeto.

12. Metodologia
•    Definir uma proposta metodológica a ser utilizada pelo projeto, descrevendo:
•    Como o projeto será desenvolvido;
•    Qual a dinâmica de implementação;
•    Como ele será operacionalizado;
•    Quais os instrumentos de execução;
•    Qual a forma de condução;
•    Utilizar uma metodologia adequada ao público beneficiário, à instituição proponente e às instituições apoiadoras;
•    Descrever, seqüencialmente, o passo a passo do desenvolvimento do projeto.

13. Premissas e análise de risco
•    Analisar os riscos para o desenvolvimento do projeto, fazendo a sua previsão e observando as ameaças internas e externas.

13.1. Análise de viabilidade – fatores de controle interno
•    Descrever os elementos que asseguram a viabilidade do projeto;
•    Realizar uma análise dos fatores de risco internos do projeto.

Viabilidade política
    Assegurar que o projeto esteja inserido nas políticas e programas governamentais e institucionais;
    Assegurar que o mesmo obedeça aos aspectos legais vigentes.

Viabilidade financeira
    Descrever:
•    Quanto vai custar;
•    Quem vai financiar;
•    Como será o financiamento.
Obs.: Quando se pleitear um financiamento com o projeto, demonstrar claramente a viabilidade financeira da ação a ser financiada; mas, também claramente, demonstrar a viabilidade financeira das demais atividades desenvolvidas que não são objeto de tal financiamento – isto demonstra que, independentemente da aprovação ou não do projeto, a instituição será capaz de dar continuidade aos seus trabalhos. Se tal questão não ficar esclarecida, normalmente os projetos são reprovados – nenhum agente financiador aposta em uma instituição que só desenvolve uma ação ou que todas as ações dependam de um único agente financiador (dá a impressão que só está interessada no dinheiro).

Viabilidade técnica
    Descrever:
•    Quem vai dar o suporte técnico;
•    Quanto vai custar tal suporte.

Viabilidade econômica
    Analisar se o projeto garante o retorno dos investimentos;
    Verificar se pode ser garantida a sua auto-sustentabilidade.
Obs.: O retorno do investimento não é medido em termos de cálculo financeiro-contábil (benefício-custo); mas em termos de eficácia (resultados da ação), eficiência (custo da ação) e efetividade (solução definitiva do problema). A auto-sustentabilidade está relacionada à possibilidade de garantir a continuidade da ação com recursos próprios, independentemente da renovação do financiamento.

Viabilidade social
    Verificar se os beneficiários e envolvidos aceitam o projeto;
    Analisar se há sustentabilidade social.

Viabilidade ambiental
    Assegurar o respeito aos princípios de sustentabilidade ambiental.

13.2. Análise das premissas – fatores externos ao projeto
•    Analisar os fatores que estão fora do controle do projeto, mas que são importantes para o seu êxito;
•    As premissas podem ser definidas a partir da hierarquia de objetivos;
•    Formular as premissas com um enfoque positivo (como superá-las);
•    Verificar o grau de importância e qual a probabilidade de ocorrer;
•    Examinar se as atividades descritas conduzem diretamente aos objetivos específicos, ou se para isto acontecer, deverá haver um acontecimento adicional externo ao projeto;
•    Examinar se os objetivos específicos conduzem diretamente ao objetivo do projeto, verificando se existem algum fator externo ao projeto que possa contribuir ou impedir de se chegar a este fim.

14. Cronograma de execução
•    Descrever o período de execução, por fases e ações, especificando o responsável;
•    Ajustar o cronograma observando características regionais, para não ter imprevistos – colheita, chuva, festas, etc.;
•    Definir o calendário sempre com uma margem de segurança, respeitando a capacidade física, organizacional e financeira da organização;
•    Desenvolver um quadro sintético e de fácil visualização para facilitar a compreensão das etapas do projeto.

15. Orçamento físico e financeiro
•    Detalhar os custos e gastos do projeto, mantendo coerência com todas as etapas, com maior ou menor detalhamento, segundo as exigências do agente financiador;
•    Fazer o orçamento com valores realistas, segundo sua realidade operacional, sem superestimar nem subestimar, segundo pesquisa de mercado;
•    Definir com clareza a contrapartida da instituição proponente (geralmente salário não é aceito como contrapartida);
•    Elaborar o cronograma de desembolso (bimestral ou trimestral, para projetos curtos de 1 ou 2 anos; semestral ou anual, para projetos de 2 anos ou mais);
•    Especificar as necessidades materiais e de recursos humanos;
•    Organizar as planilhas de custos e apresentar a memória de cálculo, se solicitado pelo agente financiador;
•    Conhecer os itens financiáveis por instituição.

16. Controle e avaliação
•    Descrever o sistema de monitoria e avaliação do projeto, demostrando a forma de controle e ações corretivas;
•    Definir pontos de observação, fontes de verificação, indicadores e a periodicidade da avaliação.

17. Documentação
•    Prever um sistema de documentação para o projeto;
•    Definir formas de socializar as informações do projeto com as instituições cooperantes e envolvidos em geral.

18. Referências Bibliográficas
•    Relacionar apenas as citadas no projeto, seguindo as normas da ABNT;
•    Evitar referências não disponíveis (xerox, textos, etc).

19. Resumo do projeto
•    Elaborar uma síntese do projeto buscando dar uma idéia geral do mesmo ao leitor, antes de uma leitura mais detalhada.

20. Apresentação geral
•    Providenciar uma apresentação com uma formatação, layout e configuração básica seguindo as orientações dos financiadores;
•    Ter profissionalismo na redação e apresentação (confiabilidade, correção de linguagem, impessoalidade e bom visual);
•    Assegurar a coerência entre os elementos do projeto;
•    Priorizar textos objetivos e sucintos e, em alguns casos, um resumo executivo, o que poderá facilitar o trabalho dos analistas.

Categoria Tradução e conteúdos
Subcategoria Tradução
Isso é um projeto ou uma posição de trabalho? Um projeto
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